fbpx
loading

Definição

O zumbido, também conhecido como tinnitus, é uma alteração no sistema auditivo que faz com que a pessoa ouça um som que não está sendo gerado no ambiente. Geralmente, durante o dia, o zumbido é mascarado pelos sons diurnos do cotidiano da pessoa e piora à noite quando há maior silêncio.

O distúrbio pode vir associado a outros sintomas como tontura, perda auditiva e intolerância a sons.

Como ocorre

Em um quadro normal, as vias auditivas captam a vibração dos sons gerados no ambiente e os enviam na forma de impulsos elétricos para o cérebro. O zumbido se instala quando as vias auditivas passam a enviar impulsos mesmo sem haver uma fonte geradora de som.

Causas

As principais causas do zumbido são:

  •  Perda auditiva (por idade, por medicamentos, por infecções);
  •  Uso de medicamentos, como AAS, anti-inflamatórios e antibióticos;
  •  Doenças metabólicas, como aumento do colesterol e triglicérides e diabetes;
  •  Alterações hormonais, como hormônio tireoidiano e dos hormônios sexuais;
  •  Problemas cardiovasculares;
  •  Distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão;
  •  Distúrbios neurológicos;
  •  Problemas na musculatura e na coluna cervical;
  •  Maus hábitos alimentares;
  •  Consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco;
  •  Disfunções temporomandibulares e outros problemas dentários;
  •  Exposição a ruídos, tanto de lazer quanto ocupacionais, podem ter impacto a longo prazo;
  •  Tumores da via auditiva (raros).

Sintomas

É impossível saber como é exatamente o ruído do zumbido. Apesar do nome, sabe-se que poucas vezes lembra um “zzzzz”, como o de um enxame (de abelhas). Pelos relatos, supõe-se que o som não seja sempre o mesmo. Pacientes comparam principalmente com barulho de cigarra e apito, mas também há a comparação com panela de pressão, chiado, cachoeira.

O zumbido pode acarretar depressão, insônia, afetar a qualidade de vida e a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar.

Tratamento

Primeiramente, no consultório é realizado uma investigação sobre hábitos alimentares, doenças pré-existentes, tipo e duração da tontura, fatores que melhoram ou pioram o quadro e se acompanha zumbido

São realizados alguns testes além de um exame físico completo.

Pode ser necessário alguns exames específicos para avaliar o labirinto (otoneurológico), exame de audição (audiometria), exames de sangue e exames de imagem.

O grande obstáculo para o tratamento é descobrir a causa, já que o zumbido em si não é uma doença, e sim, um sintoma. O sucesso do tratamento depende das causas do zumbido e da resposta individual de cada paciente.

Quando a causa ou causas são identificadas, são elas que devem ser objeto do tratamento. A avaliação é subjetiva. Às vezes, a sensação que o indivíduo tem do ruído pode ser elevada, mas quando ele compara com outros sons, percebe que não é tão alto.

Quando se torna inviável investigar todo o organismo em busca da causa do zumbido, a orientação é identificar os “gatilhos”, elementos que disparam ou pioram o desconforto. Álcool, sal, doces, chocolate, cafeína e nicotina são gatilhos comuns, mas nem sempre existe um elemento disparador. Quando nenhum gatilho é localizado, alguns medicamentos podem funcionar.

O tratamento medicamentoso pode ser a base de vasodilatadores, anticonvulsivantes, ansiolíticos ou antidepressivos. Outros tipos de tratamento incluem o uso de aparelhos de amplificação sonora, estimulação magnética transcraniana e a chamada Tinnitus Retrainig Therapy (TRT), que consiste em habituar o paciente a conviver com o som a ponto de não notá-lo. Em casos de depressão, recomenda-se acompanhamento psicológico.

Muitos casos têm cura ou podem se estabilizar, principalmente quando o diagnóstico é feito precocemente. Por isso, é importante que o paciente procure o médico assim que perceber o problema.